Por Daniella Bittencourt Féder
Exposição mostra obras inéditas de Borges, Rene, Érico, Roza e Massuda.
Todos os leitores do atualize estão convidadíssimos a visitar a exposição do Grupo Um.
O Grupo Um - ou GUM, como também é conhecido- foi o grupo independente formado pelos artistas plásticos Alberto Massuda, Álvaro Borges, Érico da Silva, Waldemar Roza e Rene Bittencourt, responsáveis pela popularização e por uma nova visão da arte moderna no Paraná.
A exposição acontecerá no Espaço Cultural e Gastronômico Alberto Massuda, em Curitiba, do dia 30 de julho (abertura às 20h) ao dia 3 de outubro. Durante este período acontecerão paralelamente duas mesas redondas que discutirão os temas "Grupo Um e o modernismo no Paraná" e "Os artistas do Grupo Um".
A exposição acontecerá no Espaço Cultural e Gastronômico Alberto Massuda, em Curitiba, do dia 30 de julho (abertura às 20h) ao dia 3 de outubro. Durante este período acontecerão paralelamente duas mesas redondas que discutirão os temas "Grupo Um e o modernismo no Paraná" e "Os artistas do Grupo Um".
Para mais informações sobre o Grupo Um e a exposição, segue o release do evento:
Uma exposição inédita abre no próximo dia 30, em Curitiba, e coloca à mostra obras, de coleções particulares, de cinco dos mais inquietos artistas plásticos paranaenses. Intitulada “Tributo à arte moderna do Paraná”, a exposição é uma homenagem aos criadores do Grupo Um que, na década de 60, revolucionou e buscou um novo caminho para as artes plásticas no Estado. Alberto Massuda (nascido no Cairo, Egito), Álvaro Borges (pontagrossense), Érico da Silva (de Indaial, Santa Catarina), Rene Bittencourt e Waldemar Roza (ambos curitibanos) se cansaram da mesmice no cenário de artes plásticas de Curitiba e resolveram que era o momento de tirar a arte das galerias, dos círculos mais restritos e mostrar o que se fazia de novo em arte. Assim, em abril de 1966, num imóvel desocupado na Praça Tiradentes, os criadores do Grupo Um, organizam sua primeira exposição e levam a arte para todos.
Este movimento de contestação mostra, aos “donos” da cultura paranaense que existe arte fora dos círculos oficiais. E, a cada exposição que faziam, dividiam espaço com novos artistas que davam seus primeiros passos e buscavam visibilidade. Assim foi com os artistas plásticos Luiz Carlos de Andrade e Lima, Antonio Arney, Domício Pedroso e Wilson Andrade e Silva, entre outros. O Grupo Um, dentro de sua proposta, durou pouco, mas os cinco artistas, sempre amigos e companheiros, continuaram a dividir pinceladas, conversas, exposições e trabalhos, e conseguiram mudar o cenário das artes plásticas paranaense, já que com suas obras conquistaram conceito no mercado nacional e internacional. Todos os cinco tem obras espalhadas pelos cinco continentes.
Fernando Bini, crítico de arte, membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) e da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA), que acompanhou a vida, tanto particular quanto profissional de todos do Grupo Um, coordena esta exposição. Segundo ele, com estes cinco artistas “começa no Paraná uma produção muito rica, de ruptura com os elementos tradicionais das artes plásticas, questionando os seus mecanismos internos. Não é mais o modelo que importa, mas o discurso sobre sua própria especificidade”.
Da obra de cada um, Bini diz: “A pintura de Álvaro Borges trazia qualquer coisa de mágico, ao mesmo tempo que era mística e ingênua, muitas vezes lembrando Paul Klee; as telas de Alberto Massuda cujas figuras oníricas são imagens do inconsciente, deixavam clara uma espécie de lirismo da angústia; Érico da Silva que saiu do cubismo pelo caminho do ‘divisionismo’, chegou ao ‘abstracionismo’ lírico em 1962, sem medo de usar a matéria pictórica; René Bittencourt, de tendência ‘expressionista’ capta o folclore urbano de Curitiba e Waldemar Roza um abstrato ecológico, compõe ‘assemblagens’ com os ‘objets trouvés’ da natureza, fósseis, ossos, conchas, pedras e mesmo pássaros mortos”.
O ineditismo deste “Tributo à arte moderna do Paraná” é que muitas das telas que estão na mostra, que prossegue até 3 de outubro no Espaço Cultural e Gastronômico Alberto Massuda, nunca foram expostas, nunca participaram de nenhuma exposição ou estiveram em espaços públicos. São obras de família. Sobre isto Bini relata que “além da grande colaboração artística do Grupo Um, as famílias se ligaram com laços afetivos e, agora, depois de 45 anos de criação do Grupo, os filhos e netos desses artistas resolvem recordar aqueles momentos, e promovem uma exposição com debates sobre a importância deste movimento no início da arte moderna paranaense”. Além da exposição histórica, com o resgate dos nomes de cinco dos mais importantes artistas plásticos do Paraná, estão marcadas duas mesas redondas, a partir das 20h. A primeira, dia 6 de agosto, reúne Adriano Massuda, Bini, Vera Mussi, Fernando Velloso e Max Conradt, que abordarão o tema “Grupo Um e o modernismo no Paraná” e a outra, a 3 de setembro, sobre “Os artistas do Grupo Um” terá Bini, Xenia Rosa, Fernando Calderari, Nilza Procopiak e João Osório.
Uma exposição inédita abre no próximo dia 30, em Curitiba, e coloca à mostra obras, de coleções particulares, de cinco dos mais inquietos artistas plásticos paranaenses. Intitulada “Tributo à arte moderna do Paraná”, a exposição é uma homenagem aos criadores do Grupo Um que, na década de 60, revolucionou e buscou um novo caminho para as artes plásticas no Estado. Alberto Massuda (nascido no Cairo, Egito), Álvaro Borges (pontagrossense), Érico da Silva (de Indaial, Santa Catarina), Rene Bittencourt e Waldemar Roza (ambos curitibanos) se cansaram da mesmice no cenário de artes plásticas de Curitiba e resolveram que era o momento de tirar a arte das galerias, dos círculos mais restritos e mostrar o que se fazia de novo em arte. Assim, em abril de 1966, num imóvel desocupado na Praça Tiradentes, os criadores do Grupo Um, organizam sua primeira exposição e levam a arte para todos.
Este movimento de contestação mostra, aos “donos” da cultura paranaense que existe arte fora dos círculos oficiais. E, a cada exposição que faziam, dividiam espaço com novos artistas que davam seus primeiros passos e buscavam visibilidade. Assim foi com os artistas plásticos Luiz Carlos de Andrade e Lima, Antonio Arney, Domício Pedroso e Wilson Andrade e Silva, entre outros. O Grupo Um, dentro de sua proposta, durou pouco, mas os cinco artistas, sempre amigos e companheiros, continuaram a dividir pinceladas, conversas, exposições e trabalhos, e conseguiram mudar o cenário das artes plásticas paranaense, já que com suas obras conquistaram conceito no mercado nacional e internacional. Todos os cinco tem obras espalhadas pelos cinco continentes.
Fernando Bini, crítico de arte, membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) e da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA), que acompanhou a vida, tanto particular quanto profissional de todos do Grupo Um, coordena esta exposição. Segundo ele, com estes cinco artistas “começa no Paraná uma produção muito rica, de ruptura com os elementos tradicionais das artes plásticas, questionando os seus mecanismos internos. Não é mais o modelo que importa, mas o discurso sobre sua própria especificidade”.
Da obra de cada um, Bini diz: “A pintura de Álvaro Borges trazia qualquer coisa de mágico, ao mesmo tempo que era mística e ingênua, muitas vezes lembrando Paul Klee; as telas de Alberto Massuda cujas figuras oníricas são imagens do inconsciente, deixavam clara uma espécie de lirismo da angústia; Érico da Silva que saiu do cubismo pelo caminho do ‘divisionismo’, chegou ao ‘abstracionismo’ lírico em 1962, sem medo de usar a matéria pictórica; René Bittencourt, de tendência ‘expressionista’ capta o folclore urbano de Curitiba e Waldemar Roza um abstrato ecológico, compõe ‘assemblagens’ com os ‘objets trouvés’ da natureza, fósseis, ossos, conchas, pedras e mesmo pássaros mortos”.
O ineditismo deste “Tributo à arte moderna do Paraná” é que muitas das telas que estão na mostra, que prossegue até 3 de outubro no Espaço Cultural e Gastronômico Alberto Massuda, nunca foram expostas, nunca participaram de nenhuma exposição ou estiveram em espaços públicos. São obras de família. Sobre isto Bini relata que “além da grande colaboração artística do Grupo Um, as famílias se ligaram com laços afetivos e, agora, depois de 45 anos de criação do Grupo, os filhos e netos desses artistas resolvem recordar aqueles momentos, e promovem uma exposição com debates sobre a importância deste movimento no início da arte moderna paranaense”. Além da exposição histórica, com o resgate dos nomes de cinco dos mais importantes artistas plásticos do Paraná, estão marcadas duas mesas redondas, a partir das 20h. A primeira, dia 6 de agosto, reúne Adriano Massuda, Bini, Vera Mussi, Fernando Velloso e Max Conradt, que abordarão o tema “Grupo Um e o modernismo no Paraná” e a outra, a 3 de setembro, sobre “Os artistas do Grupo Um” terá Bini, Xenia Rosa, Fernando Calderari, Nilza Procopiak e João Osório.
Serviço:
Tributo à Arte Moderna do Paraná
De 30 de julho (abertura às 20h) a 3 de outubro
Horários: de segunda a domingo, das 11h30 às 14h30, e segunda a sábado, das 19h à meia-noite
Local: Espaço Cultural e Gastronômico Alberto Massuda (Rua Trajano Reis, 443 - Curitiba)
Contato: (41) 3076-7202
Um comentário:
Oi Dani, o grupo contava com a presença de Waldemar Rosa, conhecido por Roza. Grato pela atenção.
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