terça-feira, 31 de agosto de 2010

É proibido escrever

Por Daniella Bittencourt Féder


*Post relâmpago e de leiturinha rápida.


François Truffaut se combinou perfeitamente com Ray Bradbury ao escolher um roteiro adaptado de um livro de ficção do autor para dirigir. O resultado da união foi o genial longa-metragem Fahrenheit 451 - que leva o mesmo nome da obra de Ray. O livro teve a primeira edição publicada em 1953. O filme, foi lançado em 1966. Hoje, já é remasterizado e deve constar no acervo de qualquer "devedêlocadora" que se preze.
Numa época em que a sociedade é completamente alienada, o totalitarismo e a tecnologia reinam. Incêndios não acontecem mais, e a única função dos bombeiros é queimar todo e qualquer material escrito. Nada se escreve e nada se lê. Assim, constroem-se relações humanas vazias e pessoas supostamente livres de sofrimentos. "É verdade que no passado os bombeiros apagavam incêndios?" No decorrer da trama, farsas e paradoxos vão surgindo para provar que uma civilização não se mantém sem a escrita. Afinal, faz sentido destruir a construção da memória?

Quem ainda não tem este filme no repertório cinematográfico que coloque a pipoca Yoki no microondas, assista a ele o quanto antes possível e volte aqui para contar as impressões pessoais. O livro também vale a pena. Inclusive, quem conhece os dois, tende a preferi-lo.

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