sábado, 19 de junho de 2010

Dono Cãociente + Adote um Gatinho

Fãs e donos concientes de cães e gatos, fiquem ligados: aqui vão dicas de dois projetos incríveis para vocês potencializarem seu amor e atitude pelos animais e pela sociedade.

Para os dog lovers de plantão, a campanha Dono Cãociente: a idéia é promover um pensamento mais racional no dia-a-dia com o pet, mantendo a cidade limpa e o bichinho saudável.
E a campanha vai além: dia 20 de Junho, a Dono Cãociente, a DeROSE e a Defesa Civil do Estado de São Paulo vão realizar a 1ª Cãominhada da Campanha do Agasalho. Aproveitando o início do inverno, a caminhada pretende reunir os donos de cachorros numa caminhada solidária tendo como entrada a doação de um agasalho.


Serviço:

1ª Cãominhada da Campanha do Agasalho
Data: 20 de Junho
Horário: a partir das 9 horas
Local: partida do Espaço Cultural DeROSE Paes de Barros (Av. Paes de Barros, 1197, Mooca - São Paulo/SP)
Ingresso: doação de um agasalho


Os amantes dos felinos vão, sem dúvida, se sensibilizar com as histórias dos gatinhos resgatados pelo pessoal da Adote um Gatinho. A ONG surgiu do interesse mútuo de um grupo de amigos em ajudar animais abandonados. Desde 2003, o pessoal da Adote um Gatinho faz um trabalho 100% voluntário, resgatando gatos e até alguns cachorros das ruas, trazendo para a ONG, alimentando, oferecendo cuidado veterinário e muito amor. A ONG já doou mais de 2200 gatinhos, mas conta com a ajuda das boas almas que compram na lojinha, fazem doações em ração, remédios e acessórios e contribuições em dinheiro. E, é claro, com os padrinhos e madrinhas e pessoas que adotam os gatinhos!

Confiram os sites e façam a diferença!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Os donos da vida

Por Daniella Bittencourt Féder


J.Craig Venter

Desde o ano passado a equipe do cientista inglês J. Craig Venter tem deixado os meios de comunicação a par de cada passo de um experimento revolucionário: a criação de uma forma de vida sintética. No mês passado, a revista Science anunciou o sucesso da operação. As informações genéticas de uma bactéria foram copiadas, transferidas para o corpo de uma célula sem DNA e modificadas, para que não houvesse rejeição (as bactérias possuem um sistema imunológico que funciona como um antivírus, bloqueando qualquer material genético desconhecido). Em seguida, esse genoma modificado foi implantado em outra bactéria. O resultado foi, literalmente, a criação da vida. A nova bactéria passou a normalmente funcionar e se multiplicar. Conforme publicação no Estadão.com.br, parafraseando o próprio Venter, “é a primeira espécie autorreplicante no planeta cujo pai é um programa de computador”.

Tudo isso pode ser empolgante para a ciência. Na mais extrema das hipóteses, organismos inteiros podem criados. Mas também, a partir desse estudo, bactérias benéficas podem ser desenvolvidas – capazes de digerir o óleo ou de impurezas da água, por exemplo. Dando vida a uma linhagem de quaisquer delas, sempre há o risco de se perder as rédeas da situação, como aconteceu com os alimentos e plantas geneticamente modificados (os transgênicos), que provocam na saúde humana e no meioambiente impactos que sequer foram possíveis de ser calculados. Em outro exemplo, relatos platônicos e outros mais contam que a perdida Atlântida abrigava um povo curiosamente capaz de praticar tentames genéticos, misturando espécies. A lenda do Minotauro pode não ser tão fantasiosa como se pensa. É como se faz hoje em dia com cães; o pit-bull e o dobermann foram criados por meio de cruzamentos com outras raças.

Mas todo esse conhecimento pode se transmutar numa artilharia perigosa. O que aconteceria se uma arma biológica desse nível, com tamanha capacidade de reprodução, fosse solta por aí? Não estou usando o polêmico artifício das teorias conspiratórias, mas sim fazendo referência a um risco que, desde que se anunciou a criação da vida, é perigosamente possível. Os “donos da vida”, Venter e sua equipe, certamente não são dotados de tais cruéis intenções. Mas, em algum momento, devem ter se dado conta das possibilidades do experimento. Brincar de Deus é, no mínimo, uma ousadia muito arriscada.