domingo, 28 de dezembro de 2008

Just for a (striking, brand-new) start...

Ano novo chinês em NY, Gustavo Yuki

Bom, 2008 está dando os últimos suspiros e aqui estou eu para agradecer e me despedir do ano em nome das meninas e, portanto, do blog.

Devo confessar que o atualize foi um projeto que começou sem grandes pretensões e repercurtiu, em pouquíssimo tempo, de um modo que jamais fora previsto por qualquer uma de nós. O cuidado, carinho, esforço, paciência, pesquisa, edição, discussão e seleção do conteúdo de cada post e do blog em geral valeu, e muito.

Em pouco mais de 3 meses de blog, atingimos mais de 500 visitas, calculo (o contador foi colocado quando o blog já tinha aproximadamente 2 meses de existência). Todos vocês devem conhecer aquela sensação de dever cumprido e satisfação que, em relação ao atualize, posso afirmar que a sinto fortemente e de maneira especial.

Não me resta muito além de agradecer, mesmo que de maneira meio cliché, a todos os visitantes, leitores, interessados, amigos e família que nos apoiaram de diversas maneiras - desde apenas visitando ou lendo até comentando, sugerindo e criticando - e dizer que o apoio de todos foi, é e será sempre essencial.

As idéias de posts e avanços para o blog em 2009 saltitam ansiosamente de um lado pro outro entre nossos pensamentos, e mal podemos esperar para torná-las realidade.


Obrigada novamente e um ótimo 2009 para todos!



"Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)


Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.


Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre."
Receita de Ano Novo, Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Um reveillon diferente

Por Daniella Bittencourt Féder



De 28 deste mês até 3 de janeiro, acontece a 9ª edição do Universo Paralello (foto), festival alternativo realizado à beira-mar, em Pratigi, Bahia. O UP, como é chamado, reúne milhares de pessoas todos os anos, oferecendo estrutura e segurança necessárias para que o público sinta-se à vontade para relaxar e se divertir: feiras, bares, campings com cozinhas e banheiros e muito mais – além de uma agência de viagens com atendimento online.

Haverá ainda atividades artísticas e culturais e pistas com apresentações de diversos estilos musicais, com predomínio do eletrônico, no qual se destacam os projetos Baphomet Engine e Cannibal Barbecue (Brasil), Polyphonia (Grécia) e Penta (Rússia).

Mais infos em www.universoparalello.art.br.

Isso é o que chamam de "fechar o ano com chave de ouro"!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Ladrões de almas.

Anos 40 no Xingu.
Fotógrafo foi morto por um grupo de índios pelo simples fato de os estar fotografando. Quer dizer... para nós, esse fato pode ser simples. Mas para aqueles índios, não. Para eles, o fotógrafo estava roubando o bem mais precioso que eles possuiam: suas almas.
Fico me perguntando se esse fotógrafo não morreu feliz após ter recebido esse elogio. Após ter certeza que com suas fotos ele conseguia captar a coisa mais profunda que alguém pode ter: a alma.
Fotos têm realmente o poder de roubar nossas almas? Não sei. Mas que ótimos fotógrafos conseguem por vida e "alma" nas fotos, tenho certeza. E minha certeza se multiplica quando eu tenho o prazer de admirar as fotos de dois grandes amigos meus: Hana Lídia e Gustavo Yuki. Com certeza são dois grandes ladrões.



Hana Lídia



Gustavo Yuki





Mais: www.flickr.com/photos/hanalidia e www.flickr.com/photos/gustavoyuki

sábado, 29 de novembro de 2008

Buy nothing but this idea



Hoje é o Buy Nothing Day, dia de protesto contra o consumismo. Criado em 1992 pela ONG Adbusters, a intenção do dia mundial sem consumir seria alertar para o excesso de consumismo, segundo Kalle Lasn, o fundador da entidade.
O mais interessante é que Lasn e sua equipe deturpam campanhas publicitárias famosas para divulgar sua idéia. São os "spoofs campaigns", nas quais o foco são famosas indústrias de bebidas, cigarros, moda no geral, alimentos e por aí afora.


Fonte: www.buynothingday.org

fonte: www.google.com


Buy Nothing Day atinge 65 países, de acordo com Lasn. Mas até agora não foi possível medir o impacto das ações da ONG. O que se sabe é da sua popularidade entre universitários (aqui eu assino embaixo!) e da boa imagem de seu fundador que chega a ser, em alguns meios, tão famoso quanto o cineasta-ativista Michael Moore.

Dentre outras campanhas, Adbusters faz, em abril, a Mental Detox Week: uma campanha que leva seus adeptos a não ligarem a TV, DVD, MP3 e plataformas de jogos por uma semana. A pretensão é abalar o comércio e levar a verba publicitária a nocaute.

"Ontem não comprei um hambúrguer do McDonald's. Estava faminto, saindo de uma reunião e a caminho de outra, e passei ao lado de uma lanchonete da rede. De verdade: eu estava doido para comer uma porção de fritas e um Big Mac. Mas me controlei. Afinal, são mais de 17 anos de treino, dia após dia, contra mim mesmo e minhas vontades. Isso é o fundamental: treinar. Vai levar um bom tempo, mas não se preocupe. Treine que você consegue."

"Consumo é doença. Foi a onda consumista que levou o planeta à mudança climática e, finalmente, agora, nos levou a esta enorme crise financeira e econômica que estamos vivendo, a maior de toda a história da humanidade.
"
Kalle Lasn para o jornal Folha de São Paulo (29 de novembro de 2008)


Comprem essa idéia!


ADBUSTERS
CASSEURS DE PUB
LIMITV
R.A.P. (RESISTANCE A L'AGRESSION PUBLICITAIRE)
UNPLUG YOUR KIDS
WHITE DOT

Fonte: Folha de São Paulo (29 de novembro de 2008)

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Chove chuva, chove sem parar...

Me dei conta: o aquecimento global existe.
Infelizmente, conseguimos perceber isso aqui no Brasil, e o pior: bem perto de nós.

Hoje, em Santa Catarina, mais de 100 pessoas estão mortas, 19 desaparecidas,
27.410 desabrigadas e 51.297 desalojadas. Antes de eu resolver fazer este post, não tinha idéia que a situação era tão feia. Resolvi pesquisar. Fiquei apavorada. Parecia que eu estava lendo sobre algum furacão ou terremoto nos EUA.

Sabemos muito bem que esta chuva não é normal. Que esta catástrofe natural teve uma ernome contribuição humana. E cada vez mais veremos coisas deste tipo se não pararmos pra (pensar? não, não...) agir!


Temos várias maneiras de agir, mas neste momento o mais importante é ajudar nossos vizinhos catarinenses. Todos os tipos de ajuda são bem vindos: dinheiro, alimento, roupas, cobertas, móveis, etc... Para fazer doações é só procurar a prefeitura da sua cidade. Aqui em Curitiba já vi várias lojas e supermercados agindo como pontos de coleta.
A defesa pública divulgou alguns números de contas para o recebimento de doações em cash (mas sei lá, né, aqui no Brasil mandar dinheiro pra alguma conta é quase a mesma coisa que não mandar nada). Mas, para quem preferir, é uma opção.

Mas para quem não puder ou não quiser colaborar, pelo menos faça o básico. Aquelas coisas que já estamos cansados de ouvir, mas que são super necessárias.



Ajuda: http://www.grzero.com.br/como-ajudar-as-vitimas-de-santa-catarina




Rua Minas Gerais, no Morro do Meio, em Joinville
Foto: Rogério da Silva. Fonte: www.zerohora.com.br




"Você que tem medo de chuva
você não é nem de papel
muito menos feito de açúcar
ou algo parecido com mel
Experimente tomar banho de chuva
e conhecer a energia do céu
a energia dessa água sagrada
Que te abençoa da cabeça aos pés"
Falamansa.



E pensar que tomar banho de chuva, ainda mais no verão, costumava ser uma coisa maravilhosa...

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

"De três coisas eu estava convicta.
Primeira, Edward era um vampiro.
Segunda, havia uma parte dele - e eu não sabia que poder essa parte teria - que tinha sede do meu sangue.
E terceira, eu estava incondicional e irrevogavelmente apaixonada por ele."


Dias atrás fui apresentada ao bestseller Crepúsculo, de Stephenie Meyer, uma história fascinante e excitante sobre vampiros. Devorei o livro sem medo: as 400 páginas foram poucas para minha sede.
Agora esta apaixonante história sobre vampiros saiu das páginas e foi direto para as telonas de cinema. A grande e esperada estréia no Brasil está próxima, dia 19 de Dezembro.

Robert Pattinson e Kristen Stewart são os protagonistas desta história: Edward Cullen e Bella Swan.


E as dúvidas sempre ficam: será que o filme é como imaginamos? Será que vai ser tão bom quanto o livro?

Pois é... assim ficamos na expectativa!


Mais: http://www.cinepop.com.br/filmes/crepusculo.htm

E o trailer:


terça-feira, 25 de novembro de 2008

Cigarro eletrônico?

Por Daniella Bittencourt Féder


A chinesa Golden Dragon Group criou o primeiro cigarro que ajuda a parar de fumar. O e-cigarette funciona à bateria, não precisa de cinzeiro e simula perfeitamente o fumo, emitindo até uma fumaça que na verdade é vapor.
A empresa suíça NicSti também entrou para o ramo dos cigarros eletrônicos, fabricando um modelo que emite o sabor da nicotina, porém sem causar qualquer dano à saúde.

Compre já o seu clicando aqui!

sábado, 22 de novembro de 2008

Notebook ecológico

Por Daniella Bittencourt Féder



A companhia de informática Asus está lançando no Brasil o primeiro notebook ecológico do mundo. O Ecobook é feito de bambu, e quem já experimentou disse sentir o aroma da planta e a textura macia ao tocá-lo - até o toutchpad é de bambu. O Ecobook deve estar à venda no Brasil e, ao que parece, nas Lojas Americanas, até o início do ano que vem, com o preço sugerido de R$ 6.999.

Parabéns, Asus! Outra amiga do meio-ambiente!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Garrafas PET no mundo da moda

Por Daniella Bittencourt Féder

A Kailash, marca especializada em roupas e equipamentos para esportes indoor, inova em sua coleção veranesca 2008/2009. Entre as peças de roupas encontradas nas lojas, estão também camisetas femininas e masculinas fabricadas a partir de garrafas PET recicladas.

Modelos das camisetas Kailash de garrafa PET

As camisetas são lindas e confortáveis - contém algodão e poliéster na composição - e podem ser encontradas pelo preço sugerido de R$ 63,67 a bata feminina, R$58,66 a baby look verde e R$ 64,48 a masculina.
No site da Kailash há uma seção com todos os endereços da loja.

Sensacional!

domingo, 16 de novembro de 2008

Perfect timing

Vasculhando pela internet afora, encontrei um conjunto de fotos super interessante e divertido.
Tomei a liberdade de escolher minhas 10 favoritas e postá-las aqui:












Quem quiser ver mais, clique aqui.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

O limite está além do céu...


Acho que todo mundo teve um amigo músico, desde aquele que tocava violão nas aulas vagas até aquele que tocava num barzinho. Mas eles sempre tinham uma característica em comum: a vontade de um dia serem aplaudidos de pé.
Eu vivia um sonho assim. Não meu, de um amigo (meu namorado!). Conheci o Bruno há dois anos, através da banda RUDAH (uma banda de reggae), da qual ele é o vocalista. Na época ele fazia show toda semana, e eu achava aquilo 'O' máximo, mas com o tempo descobri que os shows do Bruno não lhe rendiam um salário mínimo. Ele não podia viver da música.

(Neste post não irei me aprofundar na reclamação sobre a falta de incentivo pra arte, ou como artistas [músicos, no caso] curitibanos não conseguem se destacar no cenário nacional.)

A banda RUDAH ficou parada por dois (longos) anos, sem fazer shows. Em vários momentos achei que o Bruno tinha desistido do seu sonho, que a banda havia acabado. Cada integrante foi pra um lado. Alguns até sairam da banda, mas tudo foi por um motivo...
Pela vontade de virar 'MÚSICO', de viver disso, de criar, de fazer as pessoas se sentirem tocadas ao ouvir suas músicas. Já era hora de parar de aceitar qualquer showzinho e começar a tocar pra VALER...
Ontem eles estavam no estúdio finalizando a gravação de algumas músicas do tão esperado CD. Será que existe motivo melhor do que este? Com certeza sim, mas agora a banda RUDAH não irá esperar mais dois anos. A hora deles é agora. Agora a banda RUDAH está com várias propostas de shows no Brasil e fora.

Chega de sobreviver de um sonho. Está na hora viver, se sustentar, e sonhar muito mais!


http://bandasdegaragem.uol.com.br/radio/v2/index.php?acao=musica&id=55474

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Gatos dão lugar a ratos

Por Daniella Bittencourt Féder


Foto: SuperNega, por Paula Barbosa


Há alguns anos eu e meus vizinhos dividíamos o bairro com gatos. Eu, particularmente, adorava! Cheguei a adotar alguns que, por adoração à rua e aos telhados ou talvez por simples instinto felino, não me aceitaram como dona. Mas eram todos muito bem cuidados e respeitados - por mim e boa parte da vizinhança. Eram.

Gatos podem se mostrar muito independentes quando não domesticados: não precisam de ninguém que lhes dê carinho, comida e uma caixinha de areia. E a prova disso está começando a aparecer por aqui.

Para explicar, preciso contar um caso que não aconteceu com o amigo de um amigo meu. Eu deveria ter lá os meus 14 anos quando naquela madrugada voltava, de carona com o irmão da amiga que me acompanhava, de uma das minhas primeiras "baladas". Era uma festa de halloween - lembro-me bem de estar vestida mais à caráter do que pedia a ocasião, e queria chegar logo em casa para contar cada detalhe de minha excitante noitada à minha mãe, que deveria estar me esperando - impaciente, imagino. À medida em que o automóvel subia a ladeira e se aproximava do meu portão - numa velocidade tranquila demais para competir com minha ansiedade - eu me preparava para descer: conferia celular, identidade e maquiagens escuras dentro da bolsa e vestia meu agasalho - uma tenebrosa capa preta. Ao estacionarmos, senti meu coração pular num sentimento repentino, afobado e cauteloso. E, infelizmente, não era a emoção de chegar da minha primeira saída sem a companhia de um adulto ou uma prima mais velha: lá estava o meu gatinho, François, estirado no gramado de recepção da minha garagem, com algo que parecia uma mistura de vômito com sangue escorrendo de sua pequena boquinha aberta e de seus ouvidos. Angustiadamente, reprimi qualquer reação (nada faria sem o veredito da mamãe, bem como não me deixaria deseqüilibrar na presença de terceiros). Movida pelo medo da dor da perda, fiz-me acreditar que François apenas dormia após um passeio de "evacuação" e, movido pela indigestão de alguma comida que não deveríamos ter-lhe dado, sofreu de um trivial mal-estar. Mas não. Estava morto.

Naquela noite eu chorei, seguindo acordada por mais várias longas horas nas quais relembrava de momentos agradáveis - e também engraçadamente desagradáveis - com meu bichinho. Mamãe se sentiu culpada: disse que o havia soltado para que entrasse comigo quando eu chegasse; mas serviu-me um chazinho calmante que foi o meu "nana neném".

Não quis acordar no dia seguinte. Acho que bloqueei minha fome para não ter que descer e dar a notícia para meu irmão mais novo e o papai. Também não queria pensar que o "cadáver" ainda poderia estar esperando por uma última lágrima minha, ali no gramado da frente de casa. Descobrimos que François fora envenenado.

Alguns meses (e muitos envenenamentos de gatinhos) depois, era raro ver quatro patinhas silenciosas caminhando pelas ruas. Nem mesmo os "points felinos" (lugares onde era fácil encontrá-los para brincar) eram mais freqüentados. E hoje, então, estão às moscas. Literalmente.

Nesta segunda-feira (dia 03), eu voltava da faculdade com meu namorado quando vimos, na quadra de baixo da qual eu moro, uma cena digna de um documentário sobre o reino animal: um gavião devorando o corpo, então mutilado, de um cachorro. Ficou a dúvida de se o pássaro, de espécime não muito comum aqui na região, havia o caçado sozinho (uau!) ou não. Nos aproximamos do "acontecimento" e surpreendi-me: o "cachorro" era, na verdade, um
rato (ou ratazana, sabe Deus) do tamanho de um teclado de computador!

Agora temos roedores tamanho família na vizinhança, e onde estão os gatos para comê-los? É lógico que não há mais gatos, caso contrário não haveria ratos.

É certo que, na época dos envenenamentos, cada qual guardava suas suspeitas de quem era o "serial killer de felinos", mas de que adianta isso agora? Bom, vai ver o sujeito goste muito de roedores. MAS POR QUÊ LOGO RATOS? Eu tenho um chinchila! E também existem porquinhos-da-índia, furões, hamsters... !

Eu, particularmente, recuso-me a oferecer pãozinho com leite (ou queijo) aos ratos que se enfiarem em meu quintal.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

McCain gets BarackRoll'd!

Impressionante como acompanhei aflita o resultado das eleições americanas ontem. Fiquei aqui até às 4 da manhã, de dedos cruzados e vibrando pelo candidato do partido democrata, Barack Obama (tanto quanto sábado pelo Massa durante a Fórmula 1, tá? Humph!).

Confesso que não entendo nada sobre o processo eleitoral americano, que é um tanto confuso. Mas entendi o suficiente: o candidato que alcançasse 270 votos no Colégio Eleitoral, composto por 538 delegados, seria eleito. A competição começou bem acirrada, com McCain tomando liderança logo em seguida. Depois, não me lembro de tê-lo visto com mais votos do que Obama.

Sinceramente, acreditei que o resultado fosse ser menos óbvio. 338 x 153, até agora (alguns estados, aparentemente, ainda não apuraram todos os votos). Estava preocupada que, mesmo com seu carisma cativante, apoio de ídolos americanos como Oprah Winfrey e propostas desafiadoras, Obama perdesse para o histórico de McCain. Pra quem não sabe, McCain é veterano da guerra do Vietnã, durante a qual, enquanto piloto, escapou da morte após um míssel disparado por acidente que atingiu seu avião. O incêndio causou a morte de 134 pessoas. Três meses depois do acontecido, teve seu avião abatido e foi capturado. Sobreviveu mais de cinco anos como prisioneiro, mas ficou com limitações de movimento em um braço. Quantos ele não conquistou com essa história de vida?

Defender o reforço da força norte-americana no Iraque despertou o desprezo de grande parte dos eleitores americanos, imagino. E outras coisas, como ser a favor da emenda constitucional que define o casamento como a união entre homem e mulher (no gays, please) e ter aquela vice... er... bonita e não-tradional DEMAIS devem ter desfavorecido McCain (imaginem: McCain tem 72 anos. Caso ele morresse, ia assumir a Sarah Pelin, sem tradição política alguma? Assim não, né). Enfim, não pretendo chegar à uma conclusão sobre o(s) motivo(s) pelo(s) qual(is) McCain perdeu, mas gostaria de entender essa diferença tamanha de votos. Sou eu ou vocês também acreditaram que seria mais disputado?

Cheers for Obama!


sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O bicho tá pegando

Por Daniella Bittencourt Féder

Preocupado com a ameaça de extinção de dezenas de milhares de espécies animais, o Global Environment Facility (Fundo Mundial Pelo Meio-Ambiente) lançou a campanha entitulada "Save your logo!" (Salve sua logo!), que incentivará multinacionais a auxiliarem financeiramente a preservação das espécies figuradas em suas logos - assim, os animais continuam e as logos também.
Que ótima idéia do GEF para tentar solucionar esse problemão!

Fonte: http://www.lemonde.fr/archives/article/2008/10/24/sauvez-l-animal-de-votre-logo_1110669_0.html

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

To be or not to be

A impulsividade deveria ser inerente a todo ser humano.

É. Eu estou cercada de pessoas reprimidas - como minha mãe, por exemplo - e percebo como elas são tristes e, muitas vezes, sozinhas. É óbvio que as origens dessa consternação, na grande maioria dos casos, são inúmeras, mas acredito que a impulsividade é uma maneira de lutar contra a mesmice melancólica da rotina que afeta todos nós.
Porque as pessoas mais apaixonantes são sempre aquelas imprevisíveis, surpreendentes, com aquela espécie de determinação ou força de vontade que é tão incontrolavelmente presente que se transforma num brilho constante no olhar. E é isso, meus caros, que realmente não tem preço.

Então houve este belo dia, mais conhecido como anteontem, no qual eu acordei e decidi que era uma boa hora pra abrir um pouquinho mais minhas asinhas de recém-18-anos e arriscar um vôo mais alto.
Era um plano de longa data, esse de fazer uma tatuagem. No meu aniversário, guardei boa parte do dinheiro que ganhei pensando nele. Mas não era nada certo. Nem data, nem hora, nem mesmo em que lugar do corpo ou até o quê eu faria. Tudo muito fora do meu próprio padrão de significados absurdos e profundos por trás de datas e horas, pensamentos e fatos. Quando me dei conta (ou nem tanto), dizia para o tatuador: "Sim, pode ser pra amanhã às 10:30".
And so it was. Lá estava eu, de costas para ele que colocava e limpava várias vezes o stencil da minha frase. "respons'amici, se dedit flamini" era ela, que juntava uma tradução do inglês para o latim do refrão de Blowing in the Wind, (que é, no original: "The answer, friends, is blowing in the wind"), do Bob Dylan, com minha paixão pelas duas línguas (por todas elas, na verdade) e por ambigüidades.
Mas isso tudo tinha também um quê de revolta e daquele desejo, típico adolescente, de liberdade e independência; aquele grito seco que machuca a garganta mas ecoa só dentro de você. Eu estava ali, escondida do mundo, fazendo algo que meus pais, extremamente conservadores, jamais aprovarão, além de uma lista de outras situações adversas pelas quais estou passando que facilmente impediriam qualquer outra criatura em sã consciência de tal atitude. Não, não. Era coisa certa, e era assim que eu me senti e sinto. Finalmente, deitei naquela maca de couro preto com a maior certeza do mundo, acompanhada por três das pessoas que levam consigo uma grande parte do meu ser (que representaram muitas outras, infelizmente ausentes naquele momento). A dor, as reações, as feições preocupadas e surpresas eram somente conseqüência daquela atitude e do que eu mesma sou: impulsiva.

Pra quem quiser escutar:



quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Projeto Estilo Consciente lança ecobags

Por Daniella Bittencourt Féder

Ontem (18/10) um dos hotéis da rede Slaviero promoveu um coquetel de lançamento do "Projeto Estilo Consciente", que lança uma linha de sacolas ecológicas. São quatro estampas, cada uma desenhada por um curitibano. Elas podem ser aquiridas em qualquer unidade da Rede de Hotéis Slaviero, cada uma pelo preço de R$17 - dos quais R$12 são destinados ao projeto de reflorestamento "Florestas do Futuro 2008", da ONG SOS Mata Atlântica.
Eu já estou usando a minha!

Estampa da designer de jóias Silvia Doring


Estampa do estilista Jefferson Kulig


Estampa do designer gráfico e artista plástico André Mendes


Estampa do cartunista Thiago Recchia

Música, arte e uma pitada de anarquismo


Moro há três anos em frente ao Museu Oscar Niemeyer (MON) e sempre reclamei dele. Achava que era uma puta estrutura vazia e sem muitas atrações. Me sentia ofendida por ter que esperar três meses (ou mais!) por novas exposições.

Eu olhava para a arquitetura do museu , aquela puta obra de arte, e me lamentava por raramente ver gente de idade próxima à minha por ali. E então comecei a culpar o governo, o que sempre é o mais fácil de fazer. “Este governo não se importa com a arte, não investe no Museu”, “não há projetos para jovens aqui”, “apenas turistas visitam o museu”. Ou culpava um pouquinho a sociedade, como de praxe também: “Curitiba é uma cidade sem cultura e ninguém se importa com isso”.

Pra minha alegria e surpresa, presenciei nesta semana uma linda cena no MON: estava deitada na grama, lendo, aproveitando um raro dia de sol em Curitiba. Na minha frente havia um grupo de jovens tocando vários instrumentos musicais: violão, flauta e alguns instrumentos de percussão dos quais não sei o nome. Ao lado deles estava um rapaz praticando malabares com uma bola de acrílico, seguindo o ritmo da música. Até ai já estava perfeito, ou quase: uma hora depois, chegaram duas garotas que começaram a dançar e ensaiar alguns passos ao belo som dos jovens músicos.

Não me importei em não estar participando da cena, de ser apenas espectadora. Foi o melhor papel que pude ocupar. Deixei de lado todas aquelas minhas teorias sobre o governo e me permiti ser um pouquinho anarquista: “Quem precisa do governo? Quem? Nós ocupamos os lugares, ninguém precisa nos dizer aonde temos que ir ou não. NÓS sabemos, e fazemos arte onde queremos. Que se dane a falta de investimento”.
Sempre dizem que a juventude é o futuro do país e, pelo menos no quesito artístico, vejo que isso é possível em Curitiba.

O cenário do MON mudou muito nos últimos 3 anos, e fico feliz por ter acompanhado isso. Espero que muitos outros cenários curitibanos também mudem nos próximos 3. Espero ver cada vez mais lugares sendo tomados pela arte, pelos jovens, pelo "futuro". E sei que quem vive em Curitiba já sentiu a necessidade de ocupar novos lugares. Espero também que muitos tenham o prazer de presenciar as mesmas mudanças (ou outras ainda, quem sabe melhores!) que eu tive o prazer de admirar.

Rock 'n' roll nas passarelas

Por Daniella Bittencourt Féder

O XIX Crystal Fashion teve, na terça-feira passada (21), a Triton nas passarelas. Ao som de Queen, a marca desfilou sua nova coleção, inteiramente inspirada em tatuagens e muito rock and roll. Eram mini-saias, borboletas, listras, estrelas, caveiras, topetes, muito preto e até um trechinho de uma música dos Beatles estampando uma camiseta.

Fotos Mcomm Comunicação Dirigida


Conheça mais da coleção de verão da Triton no site www.triton.com.br/verao09.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Ecobags e inclusão social no XIX Crystal Fashion

Percebendo as dificuldades que os portadores de deficiências encontram ao tentar adentrar ao mercado de trabalho, o grupo Bom Jesus criou a Valor Brasil, empresa que trabalha com materiais ecologicamente corretos e tem 80% de seu quadro funcional composto por pessoas especiais.
O stand do Centro Universitário FAE nesta edição do Crystal Fashion presenteia todos os visitantes com marcadores de páginas e bolsas ecológicas Valor Brasil - as bolsas são exclusividade de quem fizer, na hora, a incrição para o vestibular FAE 2009.